FELIZ ANO NOVO
Pessoas PreferidasAcordei com ímpeto de corredor à espera do tiro, coisa de doido mesmo. Tenho que escrever. Uma carta. Vou escrever uma carta. Mas para quem? Sei lá Terê, só escreve e guarda. Não! Cartas guardadas perdem o sentido e são jogadas no lixo, quantas já não tiveram tal destino? Palavras e emoções perdidas.
Assim parei aqui, nessa esquina questionável, onde poucos me leem e assim me dão essa sensação de diário trancado à chave, Antes mesmo de coar o café, de fazer a cama, de engolir o comprimido da manhã -e desse não posso esquecer porque se não a dor dispara seus raios- as 'pessoas preferidas' martelam na minha cabeça.
Algumas tão queridas que colocam outras num canto de à espera. A sabedoria, e lá disso pouco tenho, me grita para não citá-las, porque magoaria algumas que assim se creem mas não estão no inventário que esse Ano Novo fez brotar na minha cabeça.
Porém, esse sentimento bom de ternura não pode perder-se assim, no ar, como uma história sem fim.
Talvez escreva o nome de cada uma delas numa página de livro. Sim. essa é uma boa ideia, lá não terei censuras ou pressões, nem diante de mim mesma. Liberdade de querer-bem.
Se alguém, algum dia encontrar 'minhas pessoas', com certeza estranhará a inclusão de algumas, notará a ausência de outras tantas, mas o óbvio nem sempre é óbvio ante tais escolhas.
Esse "peraí" assustadiço me faz rir. O A está aqui? O outro A está fora? Como? Não dá para entender... Não é mesmo para entender, muitas vezes nem mesmo eu o faço, mas sinto.
Terê Oliva
Terê Oliva
Pessoas PreferidasAcordei com ímpeto de corredor à espera do tiro, coisa de doido mesmo. Tenho que escrever. Uma carta. Vou escrever uma carta. Mas para quem? Sei lá Terê, só escreve e guarda. Não! Cartas guardadas perdem o sentido e são jogadas no lixo, quantas já não tiveram tal destino? Palavras e emoções perdidas.
Assim parei aqui, nessa esquina questionável, onde poucos me leem e assim me dão essa sensação de diário trancado à chave, Antes mesmo de coar o café, de fazer a cama, de engolir o comprimido da manhã -e desse não posso esquecer porque se não a dor dispara seus raios- as 'pessoas preferidas' martelam na minha cabeça.
Algumas tão queridas que colocam outras num canto de à espera. A sabedoria, e lá disso pouco tenho, me grita para não citá-las, porque magoaria algumas que assim se creem mas não estão no inventário que esse Ano Novo fez brotar na minha cabeça.
Porém, esse sentimento bom de ternura não pode perder-se assim, no ar, como uma história sem fim.
Talvez escreva o nome de cada uma delas numa página de livro. Sim. essa é uma boa ideia, lá não terei censuras ou pressões, nem diante de mim mesma. Liberdade de querer-bem.
Se alguém, algum dia encontrar 'minhas pessoas', com certeza estranhará a inclusão de algumas, notará a ausência de outras tantas, mas o óbvio nem sempre é óbvio ante tais escolhas.
Esse "peraí" assustadiço me faz rir. O A está aqui? O outro A está fora? Como? Não dá para entender... Não é mesmo para entender, muitas vezes nem mesmo eu o faço, mas sinto.
Terê Oliva
Terê Oliva