Tornar palavra tudo aquilo que o cerca e o emociona
Ou o mais que finge sentir tal capenga poeta
Não vai além do talento minúsculo ao colecionar sentimentos indiferentes
Ante o que a vida não deu estofo de verdade, ou antes ainda, o que para si não existiu.
Quisera seguir à frente das próprias mãos e do coração minguado
Que não inchou de amor verdadeiro.
Viver assim talvez seja a sina dos escribas de letra bonita e boa gramática.
Fazer o gesto fora do papel sempre exigiu força superior de seus músculos
Que amoleceram diante do mundo palpável.
A si mesmo convence, dentro da sua clausura de impossibilidades
Que talvez sua intuição o tenha salvado de ordinários desejos
Onde não havia razão para tê-los.
Tela de Flora Zeledón - Costa Rica - Arte Contemporânea.
Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com.br
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