O cobertor ganha tons proféticos na noite fria de outono enquanto a pele racha
Suas farpas aquecem a largueza do leito com matizes de azul profundo
Onde orações inconclusas se perdem.
Imagens se deleitam na forma límpida em que surgem sem pé nem cabeça
Onde orações inconclusas se perdem.
Imagens se deleitam na forma límpida em que surgem sem pé nem cabeça
Com requinte de assassinos e suas armas de luxo
Para assustar a quem de um lado para o outro rola.
O apetite é vão, é lembrança, é medo das sombras
Para assustar a quem de um lado para o outro rola.
O apetite é vão, é lembrança, é medo das sombras
Não despreza o frio essa mulher, nem o conforto, nem os temores noturnos que diante do sono esvaecem.
Tudo é vida, tudo é percurso.
Tudo é vida, tudo é percurso.
Sai do azul e do teto olha para aquela que ali se refugia
Rendendo graças pelo esquecimento que não vem das cinzas da noite
Rendendo graças pelo esquecimento que não vem das cinzas da noite
Mas de um cobertor azul.
Tela de George Lawrence Bulleid - 1858/1933 - Pintor Inglês.
Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com.br