sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

RETA DE ERROS




A vida  
Num vento acidental revelou sua nudez sem cuidados maiores. 
Mesmo confundida ao vê-la pele e osso 
Percebo com a fração de sensatez que me resta
 A saciedade quer no que haja feito quer não. 
Sento-me na reta de pontos entre o que não possuo e o que não desejo.
Tanto faz como tanto fez...
Jamais tive paciência em querer, nem mesmo ao amor. 
Algumas vezes transformei-o em afeto e isso bastou
Até o momento em que, ao passear pela cidade Observando suas portas e jardins mortos
Percebi a inutilidade dessas complicações.

Não há como voltar e refazer tal arquitetura
O tédio impede qualquer movimento.
Se me desminto a cada manhã ao levantar e coar o café, confesso
Que ante tanto sobrevive um porém.

Tela de deinovalls. Luc @dtus -óleo sobre madeira- 45 x 35cm 
Teresinha Oliveira
Terê Oliva
 http://tereoliva.blogspot.com