A cabeça se torce e contorce entre as paralelas de areia que caem da ampola de vidro Dessa vida sem frente nem trás. Enlouquecida ampulheta que guarda em cada grão a rendição dos dias ante o desdém do destino Que nas suas partículas de rochas degradadas quebra os dedos do sonhador.
  Busca a mulher com mãos dessa areia cheias 
 Um regato que murmure a voz da razão das coisas todas Daquilo que não é mas poderia ser 
Daquilo que não foi mas deveria sido. 
 
Há no todo uma inescapável lógica que só tarde se revela nos ventos 
Que desfazem as dunas frente ao tempo do mar. 
 "Andakt" - Carl Axel Printzensköld -1864/1926- Pintor Sueco. 
Terê Oliva 
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