domingo, 30 de outubro de 2011

ESFINGE.

Almejo uma toca, um canto
Uma quina de muro.
Noventa graus escuros, trevas.
Reto em pontos ao infinito
Sem réstia de luz.
Morte prematura na vida estática.

As rimas mais ricas possíveis
Estranhas, escalafobéticas...
Para um epitáfio de sombras
Bordar no linho da mortalha
Da Esfinge de carne e ossos moídos
Na calma do não mais esperar.


Tela de Konstantin Kacev -(1967)
Pintor Russo Contemporâneo.

Teresinha Oliveira / 1995.

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