terça-feira, 11 de setembro de 2012

GRITO.



Desequilibradas, minhas palavras caem de cara no chão
Quando escorregam da poesia nua.

Não as quero dizer por assim sabê-las, capengas
de olho cego e mal vestidas.

O silêncio me angustia, porém no escrever grito.

Se ninguém na poeira meu verso cata e lê
Só me resta deixá-lo mofar, mudo.

Tela de Jean Beraud - 1849/1935 - Pintor francês.

Terê Oliva.
http://tereoliva.blogspot.com.br


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