quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

UM ANO DE AREIA


Um ano correu
Correu célere sem nos dar um recanto de pensar 
Ou água fresca para saciar a sede louca que nos consome em adiamentos.

Um ano correu
Com o tempo a galope, agarrado à crina de cavalos selvagens que mal sabem onde vão
Nesse chão lamacento de fraca vontade.

Um ano correu
E deixou escoando na areia fina entre os dedos
A presteza do movimento.

Tela de Johnny Palacios Hidalgo (1970) 
Pintor Peruano Contemporâneo.

Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com.br

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