domingo, 19 de agosto de 2012

ESCULTOR DE JARDIM


O jardineiro quebrou as costas cortando grama ao rés do chão

Quase ficou verde o Joaquim
Sangrou dedo nos espinhos da roseira que
 Muito linda e muito prosa não queria admirador por perto.


Aturou xingamento da mulher que da cama o expulsava

Por estar sujo de terra
Nas unhas e nas roupas em que enrugava mão ao lavar.

Rude Maria de alma sem flor.

Ganhava pouco e suava muito.

Um dia cansou.
Vestiu asas na arte que dentro dele sempre morara
Fez da tesoura cinzel e virou escultor de jardim.

Terê Oliva

Um comentário:

Iray disse...

Já me declarei apaixonada por suas publicações e vim dizer que tirei daqui, texto e imagem e os enviei para o meu ateliê na esperança de compartilhar tanto bom gosto. Beijos de um outro Rio,
Iray