"The Soirée" (1880) Jean-Georges Béraud - 1849/1936
A música de uma festa distante que atravessa o ar quase frio de outono Recrudesce a solidão de meu silêncio.
Nela descanso e me deixo levar
Pelo relento libidinoso de uma paixão perdida.
No torcicolo do espaço corrido de um futuro rejeitado
Lerdos desejos sem tempo de se tornarem ação desfalecem de vez.
Na dissonância de um blues melancólico vejo
Canhestra amante que por medo, que por sem cobiça
Fez das promessas pássaros mancos e os soltou aos ventos sem curva. |
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