sexta-feira, 11 de outubro de 2013

FINGIRES



Como na poesia
Nem sei mais se sinto o que finjo sentir
Tampouco enrubesço ante a gargalhada que escapa
Entre meus lábios murchos.
Esse prazer quase irracional de não pensar verdadeiramente em nada
Deixa-me livre da própria vida.
A felicidade da inconsciência é leve
Como a luz indefinida nos olhos de um cão.
Esse torpor não me desvencilha dos fantasmas
Mas me deixa gozar de rosto lavado.

Tela de John White Alexander -1856/1915
Pintor e Ilustrador Americano.

Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com.br

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