Em seu ócio requintado, sobre as colunas clássicas que sustenta sua cela Ela chora rente à loucura. Não com as lágrimas dóceis dos débeis, mas com uivos de animais feridos. No silêncio escuro, a mulher parasita em seu tempo Quando esquece seus versos preferidos, e dos poetas fogem-lhe os nomes. Quando todas as ideias brilhantes se revelam líquidas.
Quando as pessoas arrogantes, que são inúteis, sentam-se nas cadeiras de vime que sua memória conserva.
O vazio que a circunda não tem asas, mas tem cores e ecos no bater das asas de uma recém-nascida borboleta Que no cio do ar frio se esmaga contra o vidro da janela mal rompe a manhã. Um sentimento de naufrágio inunda de vez sua ansiedade pelo dia Na palidez do futuro que para ela não tem mistérios.
Lynn Ann Sanguedolce - Pintora Americana Contemporânea. Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com.br
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