Pintou os cabelos de vermelho Ruiva Olho verde bem aberto Leoa de estrelas e tez.
Fios de juba ao vento Nas planícies da África que seu sangue não compõe Porém ferve
Seduzido pelo Rei.
Recolhe ossos e ciscos
Restos de morte, pedaços de vida Pelo chão da floresta coagulado de tempo.
Na toca os guarda, tesouro de seus apreços.
Sobre a pedra se ergue Selvagem no mineral há muito abandonado
Hesita
Ante o silêncio da vastidão sem eco.
Espanta os bichos e faz as águas tremerem
No grito que longe vai e agoniado rastreia
Mas o trono está vazio.
O som se esvai
Entre suas patas que para além do fim caminham. |
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