Minha mitologia íntima contém muitos deuses.
Nem em todos creio, porém não alijo a nenhum
Por medo da geometria do abismo.
A alma me é cara e meu corpo frágil, afeito às chibatas.
Nas minhas valsas entre absurdos credos perco-me
Escuridão de cego que tateia mas não define o que os dedos alisam.
Em meus próprios calcanhares tropeço e não ouso afiançar uma fé que não convence
Minhas personas que embaralham-se nos céus desabitados
Sobre continente e cores, Áfricas negras de tambores
Gordos amarelos, monocórdios mantras.
A banalidade de tais questões me enjoa e a cada pé que beijo, duvido.
Nessas horas invejo os ateus convictos.
Nas minhas valsas entre absurdos credos perco-me
Escuridão de cego que tateia mas não define o que os dedos alisam.
Em meus próprios calcanhares tropeço e não ouso afiançar uma fé que não convence
Minhas personas que embaralham-se nos céus desabitados
Sobre continente e cores, Áfricas negras de tambores
Gordos amarelos, monocórdios mantras.
A banalidade de tais questões me enjoa e a cada pé que beijo, duvido.
Nessas horas invejo os ateus convictos.
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Telas de Adolphe William Bouguereau - 1825/1905 Pintor Francês. Terê Oliva http://tereoliva.blogspot.com.br |