Descerro as filigranas de saudade que meu útero
Caverna oca, em fios de sangue e ouro urdiu.
Encontro entre as pregas da mulher
Aquela que a seus filhos pariu e alimentou
Com gorduroso leite, fêmea de bicho homem
Com amor no tanto quanto possível foi, por mais não saber como.
O amor é inexperiente, saltimbanco de estranhos palcos
Mesmo que poetas esperneiem
Gritando aos quatro cantos da Terra suas maravilhas.
Ele nasce grão.
Não cumpre profecia sem lançar raízes
Ditador que encurralado, morre.
A si mesmo avilta quando sedento
Se entre terras e rochas não encontrar um veio d'água.
Ao voltar a face no amarelo que o espelho reflete
Vívidas lembranças ao som de trompas se condensam
No retiro místico de um amor jamais imaginado
Que constrói ninhos e vivifica asas.
Tela de Louis Adan -1839/1937 - Pintor Francês
"Motherhood" - (1898)
Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com.br
Caverna oca, em fios de sangue e ouro urdiu.
Encontro entre as pregas da mulher
Aquela que a seus filhos pariu e alimentou
Com gorduroso leite, fêmea de bicho homem
Com amor no tanto quanto possível foi, por mais não saber como.
O amor é inexperiente, saltimbanco de estranhos palcos
Mesmo que poetas esperneiem
Gritando aos quatro cantos da Terra suas maravilhas.
Ele nasce grão.
Não cumpre profecia sem lançar raízes
Ditador que encurralado, morre.
A si mesmo avilta quando sedento
Se entre terras e rochas não encontrar um veio d'água.
Ao voltar a face no amarelo que o espelho reflete
Vívidas lembranças ao som de trompas se condensam
No retiro místico de um amor jamais imaginado
Que constrói ninhos e vivifica asas.
Tela de Louis Adan -1839/1937 - Pintor Francês
"Motherhood" - (1898)
Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com.br
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