quinta-feira, 15 de março de 2012

BROTO POÉTICO.

A poesia se fecunda uma e nasce outra.
Segue crescendo tal qual peônia
Que se mostra simples flor e como tal logo morre.
 O mesmo pedaço de chão copula um inesperado fruto
Que cedo apodrece se não a tempo colhido.


Ao ficar pronta, ou assim quase 
Porque poesia, finda nunca está
Se vê a pobre ainda tonta, à mercê
Dos melindres de palavras loucas
Que não se sabe de onde brotaram.


Tela de Thomas Heaphy - (1775/1835)
Pintor Inglês.


Teresinha Oliveira.



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