Não mais permito a ninguém...
Amigo disfarçado em máscara
Que oculta a face irônica
Ou inimigo que não sei ter
À mão armada ferir meu peito
Aberto em Rosa dos Ventos antes
Ao gosto, mercê de qualquer um.
Não mais anseio de ninguém...
Mãos oferecidas pelos meus caminhos
Em luvas de pelica dissimuladas
Esperando um descuido para o tapa.
Nem olhares piedosos para minha dor confessada
Que cegam ante a imagem do meu desatino
Onde me debato sozinha.
Não mais preciso de ninguém...
A me gerar sorrisos, barulhentos risos
Pois eles brotam como borboletas, geração espontânea
Na minha alma, em casulos por Deus assim criada.
Ou que me ame com amor insosso
Sem sal ou açúcar a lhe dar festa ao sabor
Porque à festa que brindo por mim me basta.
Não mais desejo de ninguém...
Palavras ocas, inúteis para suprir
Brecha de mim nebulosa, por acaso vazia na dor pungente.
Lições de percursos sem setas, direita e esquerda
Dos mesmos, espantalhos mestres, desencontradas.
O amor oferecido em gotas medidas, com dó no se dar
Que não lota metade de mim, que sonho transbordante.
O que busco com tenuíssima fé, de cada ser
Vivente sob esse céu, irmão, criatura
É a dádiva da revelação.
A ternura dos braços abertos, aconchego e alavanca
Que liberte do medo
Meu coração que norteia os dias
Que ainda restam viver.
Tela de José Miguel Román - Pintor Francês.
Figura con Manton - Óleo
Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com.br
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Um comentário:
Querida amiga lindissimo. O que precisamos de ter ao nosso lado na vida, são amigos verdadeiros, amor sincero, alegria de sentir que quem nos rodeis nos quer bem de verdade.
Tenha uma semana maravilhosa
Beijinhos
Maria
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