domingo, 4 de março de 2012

SÚPLICA & DÁDIVA.

Ó Deus... Que carrego no bolso para cima e para baixo
 A Quem toda hora clamo com meus desejos anárquicos,  maçãs de um espírito fora de prumo
Sem temer o inferno, cruel ameaça de fogo por usar seu santo nome em vão.


Ó Deus... Meu pajem e verdugo, que sorri ante a algazarra dos meus pensamentos, e turva com seu dedo de tinta o lago das minhas emoções translúcidas

Rogo, sem saber a quem melhor pedir, que a esta criatura que despencou de incompreensível constelação 
Ínfimo grânulo da mais quântica luz, seja ofertada a graça no tempo que ainda não gastou 
De caminhar seus dias sobre duas pernas firmes.


Tela de Hubert Salentin - (1822/1910)

Pintor Alemão.


Teresinha Oliveira. 

Um comentário:

Anônimo disse...

lindo, profundo , adorei