sábado, 9 de junho de 2012

BRUXA FALIDA.

Empurrar a bruxa
Para fora, fora, fora...
Através dos dedos e da carne mole.


Vai-te, insensata criatura
Que para nada serve e nada prediz
Além de quereres loucos com consistência de pudim.

Parta, sem meus cabelos, meus olhos, minhas memórias
Minha consciência que tem pés de marfim 
Meus desejos cozidos sem sal na inútil fervura.

Larga minha mão que perdeu a maciez da crença
Que talhou o caldo com excessivo tempero
Nesse caldeirão de amor não consumido.


Obra de Christina Beller
Ilustradora e Pintora Americana.

Terê Oliva.

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