Tela de Gerald Cooper - (1898/1975)
Pintor Inglês.
No vaso negro tu sorris.
Sorriso em verdes nos grãos de luz
Como se o laço na cerâmica
Que o vaso enfeitar tenta
Te abraçasse com bilhete de amor
Em ramalhete de destino certo.
A ti mesma sufocas em brotos
Ao gerar tua prole na terra fria.
Flores finas e brancas se equilibram
Nas pernas bambas dos delicados caules
Que balançam ante tua vontade firme
De aos céus os lançar.
Contagias com tua beleza os seres da sala.
Vivos e brutos tua poética presença reverenciam.
A cerâmica se pudesse desataria seu nó prisão
No assombro de tuas raízes ávidas
Que envolvem o barro cozido
Com cobiça de liberdade sem freio.
Rastejantes nos veios do mogno da mesa
- Essência irmã -
Através de móveis, tapetes, pedras e degraus
Caminhariam carregando nos ombros a mãe e irmãs
Ao destino de toda flor merecido
O Jardim. |
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