Do teto jorrava uma luz compacta Nos fragmentos do teu olho azul metálico, lá mirante Esgueiravam-te atrás da cortina, sob a cama Pelos guetos sonolentos do meu corpo nu.
Tal horda de sensações úmidas
Decifravam os enigmas do meu tesouro enterrado Paixão perdida na dobra do tempo Nos passos acidentais de um passado longínquo.
Segredando mais o desejo que o motivo Um frisson de lógica reveste o sonho De realidade assim julgado.
Porém, se te roem meus dentes de leite Te mordo na permanência da lembrança inequívoca Que não sacia a carne, mas povoa a cama.
Tela de Boris Mikhailovitch Kustodiev - (1878/1927) Pintor Russo.
Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com |
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