Tela de Henrik Semiradsky - 1841/1902 Pintor Ucraniano. 
 Sexta Feira Santa  
Senhor crucificado. Cruz de madeira, sina Árvore para este fim nascida 
Martírio santo. 
O destino se consumou 
Como o meu que ora escapa 
Ante minha face, sem controle. 
Por isso, o roxo nas vestes exibo 
De luto, de dor, de pedidos 
De perdão. 
Perdão nos olhos rogado 
Arrependida por tanto 
Ao Cristo irmão 
A mim por Deus assim doado 
- Juramento em sangue cumprido - 
Batiza-me com um nome novo  
Em límpido regato 
Para me lavar desse pântano de mágoas 
Pois sem Ti não sei me salvar. 
Eu, solidão, tremo e temo 
Esse vazio calado que se alimenta 
Mais e mais de si mesmo. 
Ajuda-me, Cristo em Jesus humanizado 
A encontrar o grão de mim 
Entre as dores dessa vida desperdiçada. 
Revela-me em que conta do rosário te escondeste 
Para que eu o possa rolar numa cantilena de louvores 
Emplastros para essa alma 
Que quase sempre, nem acredita. 
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