A vida segue nas águas de um rio imprevisível.
Ora calmo com peixes minúsculos
Que mal fazem cócegas nos pés que deles desviam.
Ora grosso, com quedas que no perigo das curvas
Ocultam de nossos olhos as armadilhas
No terreno arenoso do amor.
Amor é areia.
Areia de ampulheta que o tempo gasta.
Areia de margem, que água leva e traz.
Ao se banhar nessas águas e delas emergir
O corpo já opaco do antigo brilho
Com suspiro profundo encontra o grão
Na bateia que um afluente jovem
Recém-descoberto cultivou.
Grão de ouro puro.
Grão de amor.
Grão de ouro de puro amor.
Sente no abraço cambaleante
Ainda em passo
A intensidade do amor declarado.
Tanto, tanto...
Tanto que os bracinhos não alcançam
Norte e sul de tal medida.
Assim ofertado, sem precisão ou pedido
Sem pergunta, inesperado
As calçadas quebradas onde se caminha junto
O amor da linda menina ilumina.
Carrega em turbilhão na corrente, sem pesar
Tantos outros, meros ciscalhos sem valor.
Tela de Yuri Krotov - (1964)
Pintor Russo Contemporâneo.
Teresinha de Oliveira.
Que mal fazem cócegas nos pés que deles desviam.
Ora grosso, com quedas que no perigo das curvas
Ocultam de nossos olhos as armadilhas
No terreno arenoso do amor.
Amor é areia.
Areia de ampulheta que o tempo gasta.
Areia de margem, que água leva e traz.
Ao se banhar nessas águas e delas emergir
O corpo já opaco do antigo brilho
Com suspiro profundo encontra o grão
Na bateia que um afluente jovem
Recém-descoberto cultivou.
Grão de ouro puro.
Grão de amor.
Grão de ouro de puro amor.
Sente no abraço cambaleante
Ainda em passo
A intensidade do amor declarado.
Tanto, tanto...
Tanto que os bracinhos não alcançam
Norte e sul de tal medida.
Assim ofertado, sem precisão ou pedido
Sem pergunta, inesperado
As calçadas quebradas onde se caminha junto
O amor da linda menina ilumina.
Carrega em turbilhão na corrente, sem pesar
Tantos outros, meros ciscalhos sem valor.
Tela de Yuri Krotov - (1964)
Pintor Russo Contemporâneo.
Teresinha de Oliveira.
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