segunda-feira, 23 de maio de 2011

ALLEGRO.

Num descuido do Senhor do tempo
Átimo de segundo
Os olhares se desencontram.
Se esvai no peso das horas o toque
O abraço.
Se rompe o lacre da promessa carnal
A conjunção perfeita dos corpos
Onde a penetração seria
Como o allegro de uma sinfonia.

Glórias
Juras de amor ante deuses pagãos
Na volúpia dos sentidos nus
Desperdiçadas pelos corpos dos duelistas cegos.

Tela de Henri Lebasque  (1851/1933)
Pintor Francês
Teresinha Oliveira.


Um comentário:

Ana Cecília Moura disse...

Nossa, o tempo "esquentou" por aqui... rs
Bela escolha de metáforas. Triste desencontro.