segunda-feira, 9 de maio de 2011

NO COLO DE SOL ☼

Flocos de ausência dançam ao redor
Dessa morna manhã sem peso.
Melífluo silêncio.
Nem mesmo insetos zunem o ar.

Perfeito silêncio na mudez de tempo
A me aprisionar por aqui.
Cabeça mansa, sem nó
No colo do sol deitada.

Que não voem os pássaros.
Que não abram as flores ainda.
Que não desperte o jardim ao andar das formigas.

Se não o silêncio se espanta.
E só mais um pouco desejo
De paz companhia. 

Tela de Guy Orlando Rose - Pintor Americano - (1867/1925)
Teresinha Oliveira - Maio/1995

4 comentários:

JasonJr. disse...

Obrigado pela sinceridade! ;)

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

Terezinha, ler um poema como esse me deixa com vergonha dos poemas que vez por outra cometo,
adoraveis e sentido versos esses teus

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

Terezinha, ler um poema como esse me deixa com vergonha dos poemas que vez por outra cometo,
adoraveis e sentido versos esses teus

Alicia disse...

Paz e desejo são coisas tão difíceis de conciliar...