Depois de " 2001- uma Odisséia no Espaço", qualquer imagem que nos dê um vislumbre desse antológico precursor nos parecerá desgastada. Falta de originalidade do autor, lugar-comum nos livros de fantasia ou ficção? Talvez. Mas o computador maquiavélico de Terry Brooks surpreende com seus requintes de crueldade funcional. Se o tema é antigo, a forma é assustadoramente nova.
Eu, admiradora de mundos mágicos e futuros, vou além dos detalhes simplesmente por não acreditar que as ideias se esgotem em si mesmas, pois nada há de mais criativo que o espírito humano.
A idealização do supercomputador, autossuficiente, auto criador, auto arbitrário, auto, auto, auto...é assustadora e possível demais para brotar numa só cabeça. Inúmeros livros e filmes já traçaram seu perfil, e nos mostraram que desligar a tomada não o destrói. Nossas opções minguam à medida que ele se aprimora e mentes brilhantes o cortejam.
A sedução pelo poder domina a maioria dos homens e governos, e nos transforma em descartáveis cobaias nesse mundo moderno; perda lamentável, mas perfeitamente justificada em nome do bem maior, que apenas aos poderosos é permitido determinar.
A nós, reles mortais, seres de carne e ossos quebráveis, só resta desejar que o futuro se esconda atrás dos séculos e aprisione em papel e celulose os monstros cibernéticos.
Tela de John William Waterhouse - (1849/1917)
Pintor Britânico
Livro- " A Viagem" de Terry Brooks
Volume I - Ilse, A Bruxa
Teresinha Oliveira
2 comentários:
Saudade do meu blog mais pelos seus comentários do que por qualquer outro motivo.
Sonhei que éramos amigas de infância, hahaha.
Texto brilhante.
Um mundo super informatizado seria um mundo sem sentimentos, apenas racionalidade, um mundo frio sem humanismo onde eu certamente não gostaria de viver.
Tenha uma semana maravilhosa.
beijinhos
Maria
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