Um desejo escondido a ninguém conto
Por temer o julgamento mambembe daqueles que não conhecem nem sabem
Do pó de grafite que borraram as horas dissipadas.
Quisera ter o escrever leve, como manhã prometida de um deus Sol que agoniado a espera.
Dona do frágil vento que carrega na garupa pétalas de flor miúda
Para encantar o rapaz que sentado na pedra do rio pensa
No seu amor primeiro.
Suave assim.
Assim amena.
Assim de silêncios composta.
Na poesia de dedos magros, compridos de pianista clássico
Cantar as belezas que o olhar açucarado pinça
Entre as nódoas que a dúvida espalha.
Forjar tal agudeza de pacífico e bom
Vai além do que meu espírito professa.
Heterodoxo sentir que transgride, mas mesmo rejeitado e assustadiço
Mantém o eu que outro não seria.
Tela de Herman Behmer Fenner - (1866/1913)
Pintor Alemão.
Teresinha Oliveira. |
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