Tantas mulheres...
Todas do mundo
Nada são além de uma, igual e única
Sempre apaixonada e pronta a derreter o coração
Gota a gota exauri-lo em vivo sangue
Das veias corredeiras pelo homem escolhido.
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Pobres mulheres amantes
Que de paixão são forjadas
Na forja armadilha
Pelos deuses homens dissimulada
Através dos caminhos e camas.
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No abismo do caos
Mergulham se abandonadas
Como se o amor, mesmo quebrado e roto
Capengando de pé doído
Para validar a vida bastasse.
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A lassidão ante tal destino herdado
Alquebrada herança vil
Que séculos e gens caiaram em virgem cal
Não saram com o tempo as chagas abertas
Por tanto tempo perdido.
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Tela de Andrey Remnev (1962)
Pintor Contemporâneo Russo.
Terê Oliva
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