Lembrança forte como ressaca de mar sem barreira
Nossas vagas se chocavam nas rochas e as lambiam
Sem espargir sal ou fazer ruído com medos
Do observador indiscreto que pudesse, num instante fortuito
Perceber nosso inevitável movimento.
As memórias se refizeram e cada detalhe nosso
Abriam cortinas há muito cerradas pelas cordas da impossibilidade
Do nosso querer proibido pelas leis dos homens e dos céus.
Velhos papiros, onde sua promessa permanecia firme
Assinatura legível sob o aval de Deus.
Apesar do veto meu amor não se conteve.
Se não escolheu o vestido e calçou saltos altos
Para sair bailando pelo salão repleto para seus braços
Não foi por raquítica vontade ou dor nos tendões.
O furacão no horizonte esvaiu meu amor incorreto
Como a razão paralisou seus braços antes de me enlaçarem a cintura.
Conscientes amantes de um desejo impossível.
Tudo aquilo que não era, sempre havia sido
Escondido atrás do beijo que rompeu nossos diques
Mas manteve ao longe nosso desatino.
Mas manteve ao longe nosso desatino.
Obra de Andreas Preis
Ilustrador Alemão.
Teresinha Oliveira
Ilustrador Alemão.
Teresinha Oliveira
3 comentários:
O amor sempre chegará como sempre sonhamos, com o despertar do trovão ou o desfiar da maré...é só esperar que nosso interior nos chame e abra a porta do seu destino, passo a passo, minuto a minuto...sempre que o desejo nos chame
receba uma onda de amizade deste outro lado do mar
lindo muito lindo
Intenso, apaixonado e lindo.
Tenha uma Páscoa muito feliz, plena de paz, harmonia e muita poesia.
beijinhos
Maria
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