Foi muito bom te conhecer, mulher poeta entre tantos escrivinhadores que tentam a arte que não se ensina ou se aprende. Escreves suave como pouco consigo, sempre envolta em tristeza e acidez.
Nem tuas navalhas cortam. Elas deslizam aladas, rabiscando o papel e deixando a todos arrepiados de ternura.
Tua história de amor, de mar, de rosas e tinta me comoveu; e foi por mim espalhada para encantar amigos, que comigo dividiram tua emoção, por coincidência também em uma adega, com cheiros de vinho velho e madeira.
Que pena! Sem quadros, mas com rosas cor-de-rosa à mesa. Sem mar, mas dele pertinho.
Eu senti inveja da tua lembrança, do teu amor de pintor. Não inveja capital, um dos sete, pois não cabem em mim; pelo menos não todos.
Mas uma inveja gulosa em comer um pedaço do doce que nos ofereceu.
Tela de Pieter Wagemans - (1948)
Pintor Belga
Teresinha Oliveira - (Maio/1995)
Nem tuas navalhas cortam. Elas deslizam aladas, rabiscando o papel e deixando a todos arrepiados de ternura.
Tua história de amor, de mar, de rosas e tinta me comoveu; e foi por mim espalhada para encantar amigos, que comigo dividiram tua emoção, por coincidência também em uma adega, com cheiros de vinho velho e madeira.
Que pena! Sem quadros, mas com rosas cor-de-rosa à mesa. Sem mar, mas dele pertinho.
Eu senti inveja da tua lembrança, do teu amor de pintor. Não inveja capital, um dos sete, pois não cabem em mim; pelo menos não todos.
Mas uma inveja gulosa em comer um pedaço do doce que nos ofereceu.
Tela de Pieter Wagemans - (1948)
Pintor Belga
Teresinha Oliveira - (Maio/1995)
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