sexta-feira, 9 de setembro de 2011

CORÇA

Sigo, ser não consumado
Imperfeito e improvável
Emoções de rebelde, inexaurível paixão
Furor que com a própria cicatriz se concilia.
Lasso destino sem plural.

Sigo, tropeçando nos ciscalhos do tempo
Corça ligeira, manca no correr ao menor som
De murmúrio de rio, oculto na curva do caminho
Dos ventos que atravessam os penhascos
Impossíveis ao galope.

Sigo, apesar do clima, dos seres, dos pecados, do pão
No encalço da verdade primal 
Que revele a essência que me anima
 E através dos anos desapercebidos
Entre ardis, ao longe quase perdi.


Tela de Kevin Daniel

Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com



                                     

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