Essa linda louca varrida mulher
Anda nua pela casa
A espantar vizinhos, a gente comum.
Dança sem ritmo
Bêbada e feliz
Ao som de qualquer música
Dos cantores da noite
De sinfonias, canções.
Essa louca linda mulher varrida
Se perde na escada
E da porta o quarto nunca encontra.
Vê borboletas onde vermes habitam
Flores brotarem de ervas daninhas
Fontes jorrarem das pedras do chão.
Lança a ninguém insensatas perguntas
Destino nas dobras do tempo perdido .
Essa varrida linda louca mulher
Abraça os espantalhos da madrugada
Com sua insône alegria
Em busca do que não sabe
Não quer e nem intui
Pelos cômodos rompendo.
Pelos cômodos rompendo.
Paredes e cantos, doida sem bússola
A se perder em si.
Tela de Jack Vettriano - (1951)
Pintor Inglês Contemporâneo.
Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com
http://tereoliva.blogspot.com
3 comentários:
LIndo poema. Todas nós gostariamos de em alguma parte da nossa vida termos sido "uma varrida, linda, e louca mulher".
Beijinhos
Maria
eu amo essa imagem.
gritos calados costumam ir pro inferno primeiro :P
Postar um comentário