Quando a noite chega, teu corpo afasta
No tálamo, lado a lado.
Te esquivas no canto, retângulo
Retos ângulos, de pele, de dor.
O escuro expõe em plena luz
As lágrimas de mim que não choro
Para fora, no perímetro da espuma
Inchada pelo pranto engolido.
Não domino a tábua sólida.
Compacta como o ser
Que deitado nela, amaina.
Nem mais anseio por ele
Que me gasta e empareda
Com pedras desse amor doentio.
Tela de Pierre Bonnard - (1867/1947)
Pintor Francês
Teresinha Oliveira |
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