Aqui.
Venho aqui novamente bater à sua porta esperando um convite para o café, ou quem sabe num carinho maior, para uma taça dos seus vinhos escolhidos com cuidado de safra e uva, com notas de madeira, de minerais, de frutas, até de samambaia que só maluco enólogo imagina.
Mas com café ou vinho brindemos às palavras. Às nossas amadas palavras
Tin-Tin.
É difícil explicar esse amor à Língua: o encantamento diante de uma metáfora, a reverência que se faz a um poeta, o prazer ao grifar um texto que não se quer perder de vista, até o gostar simples ao pobre trema, que coitadinho, foi considerado inútil e jogado no lixo.
Essas emoções nem todos compreendem. Não possuem eles uma palavra preferida ou outra rejeitada até seu último fio de cabelo, que se exclui do vocabulário e texto por toda uma vida.
Amor e ódio também resistem no dicionário desses amantes incomuns, e parecem meio loucos os escritores e poetas caçadores de palavras, que esperam o pássaro pousar no verso, na página em branco.
Amor e ódio também resistem no dicionário desses amantes incomuns, e parecem meio loucos os escritores e poetas caçadores de palavras, que esperam o pássaro pousar no verso, na página em branco.
Contou-me o Leminski, através de você, que a poesia é a erotização da linguagem, o prazer, até mesmo sacudiu o Freud do sono eterno para embasar sua teoria.
Talvez seja, como também a prosa possa ser vida real em toda sua improbabilidade.
No acervo amoroso das palavras isso não muito importa, pois nem mesmo sabemos ao certo porque as amamos, como todo amor assim se dá.
Tela de Julius Rolshoven - (1858/1930)
Pintor Americano.
Terê Oliva
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