terça-feira, 10 de dezembro de 2013
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
IMAGINAÇÃO
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
PRECIPÍCIOS SOBRE LUGAR NENHUM
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
ESPELHO MEU
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
ENQUANTO DESCASCO BATATAS...
![]() |
"Unable to Wait (1867) Telemaco Signoriri - 1835/1901 - Pintor Francês. Terê Oliva |
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
SOBREVIVÊNCIA
sábado, 26 de outubro de 2013
VITRAL DE UÍSQUE
Um raio de lua atravessa a garrafa de uísque e espalha cores de vitral no chão da mesa de mogno.
Sinto as cores e nelas descanso, pensando sem controle no passado esgotado.
Minha cara de bobo, pois todos que assim mergulham nos próprios abismos, ficam com cara de bobo
Desmancha-se quando num piscar volto ao real.
Bebo o uísque do copo num só gole e no guardanapo de linho
Rabisco um poema embriagado.
Tela de Irving R. Wiles - 1861/1948 - Pintor Americano.
Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com.br
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
UM BEIJO NO CÉU
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
FEITICEIRA MORENA
![]() |
Tela de Henry Wallis - 1830/ 1916 - Pintor Inglês. |
A tristeza é uma feiticeira morena que arrasta pelas pernas os quereres inertes, que sem ela, morreriam de vez sem nem perceber.
Pelo menos ela os belisca vez ou outra e tal os mantém vivos, apesar da agonia.
Senta-se à borda da taça da noite e ali permanece
A olhar-me como se esperasse o movimento das minhas mãos a enxotá-la
Tal qual se faz com os pombos quando invadem o quintal, em busca das migalhas de pão que voaram da mesa no café da manhã.
Não se vai assim logo
Porque sua pressa repousa nas asas de um pássaro negro que canta enquanto ela elege seus desígnos.
Esgotaram-se as horas de espera
Horas que doeram em minhas pernas cansadas, sem onde sentar.
O teto, onde a paisagem se repete intermitentemente, cemitério de navios naufragados
Revela o mar que ondula nas falhas da tinta, sem ondas, sem sal.
Nem as luzes da madrugada riscam um caminho
Trilhas emaranhadas se cortam e entrecortam como cicatrizes do acidente de viver.
Há tão pouco ainda a tentar.
Na argila da minha descrença em tudo, moldo meu espírito e levanto da cama
Tentando esquecer aquela que não sou.
Pelo menos ela os belisca vez ou outra e tal os mantém vivos, apesar da agonia.
Senta-se à borda da taça da noite e ali permanece
A olhar-me como se esperasse o movimento das minhas mãos a enxotá-la
Tal qual se faz com os pombos quando invadem o quintal, em busca das migalhas de pão que voaram da mesa no café da manhã.
Não se vai assim logo
Porque sua pressa repousa nas asas de um pássaro negro que canta enquanto ela elege seus desígnos.
Esgotaram-se as horas de espera
Horas que doeram em minhas pernas cansadas, sem onde sentar.
O teto, onde a paisagem se repete intermitentemente, cemitério de navios naufragados
Revela o mar que ondula nas falhas da tinta, sem ondas, sem sal.
Nem as luzes da madrugada riscam um caminho
Trilhas emaranhadas se cortam e entrecortam como cicatrizes do acidente de viver.
Há tão pouco ainda a tentar.
Na argila da minha descrença em tudo, moldo meu espírito e levanto da cama
Tentando esquecer aquela que não sou.
![]() |
Tela de Jean Beraud - 1849/ 1935 - Pintor Francês Terê Oliva http://tereoliva.blogspot.com.br |
domingo, 13 de outubro de 2013
REMORSO VISCOSO
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
FINGIRES
Como na poesia
Nem sei mais se sinto o que finjo sentir
Tampouco enrubesço ante a gargalhada que escapa
Entre meus lábios murchos.
Esse prazer quase irracional de não pensar verdadeiramente em nada
Deixa-me livre da própria vida.
A felicidade da inconsciência é leve
Como a luz indefinida nos olhos de um cão.
Esse torpor não me desvencilha dos fantasmas
Mas me deixa gozar de rosto lavado.
Tela de John White Alexander -1856/1915
Pintor e Ilustrador Americano.
Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com.br
Esse prazer quase irracional de não pensar verdadeiramente em nada
Deixa-me livre da própria vida.
A felicidade da inconsciência é leve
Como a luz indefinida nos olhos de um cão.
Esse torpor não me desvencilha dos fantasmas
Mas me deixa gozar de rosto lavado.
Tela de John White Alexander -1856/1915
Pintor e Ilustrador Americano.
Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com.br
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
BORBOLETA RECÉM-NASCIDA
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
AS ESTRELAS NO CASCO DA TARTARUGA
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
CINZAS DA FOLIA
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
OLHOS ALHEIOS
![]() |
Tela de Evgeniy Kuznetsov - Nasc. 1960 Pintor Abstrato Russo. Terê Oliva |
TORRE DE PARÁGRAFOS
"Dansle Bleu" (1894) - Amélie Beaury Saurel - 1849/1924
Pintora Francesa.
Terê Oliva
Pintora Francesa.
Terê Oliva
terça-feira, 20 de agosto de 2013
OS DETALHES DO SILÊNCIO
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
POBRE DE MARRE DECI
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
ACONCHEGO DE LAR
Hoje cedo, ao olhar de manso, percebi a confusa beleza desse canto da minha casa. Nada foi medido. As maçãs esperam seu momento de torta, e o pano de pó aí esquecido, uma hora menos preguiçosa para entrar em ação .
Os livros também pacientemente esperam... Há 900 páginas antes de cada um deles. Os bombons de açaí, presente de aniversário do amigo grego, mofam. Bombom de açaí ? A originalidade muitas vezes conduz ao erro.
Meu velho São Francisquinho descansa no seu lugar de todo sempre, e de tão sereno, passa despercebido através dos anos em que me acompanha. Os gatos idem. Muitos mais havia na minha coleção, mas as crianças da casa trataram com maestria da superpopulação felina, quebrando-os pouco a pouco.
Filha e neta seguem meus movimentos, aprisionadas em porta-retratos. Ao mirá-las, cada vez, sinto uma emoção passageira, se não de amor pela ligeireza do olhar, pelo menos de saudade do tempo ido.
De tudo, sem mais pensar, fica uma sensação reconfortante de lar.
Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com.br
Os livros também pacientemente esperam... Há 900 páginas antes de cada um deles. Os bombons de açaí, presente de aniversário do amigo grego, mofam. Bombom de açaí ? A originalidade muitas vezes conduz ao erro.
Meu velho São Francisquinho descansa no seu lugar de todo sempre, e de tão sereno, passa despercebido através dos anos em que me acompanha. Os gatos idem. Muitos mais havia na minha coleção, mas as crianças da casa trataram com maestria da superpopulação felina, quebrando-os pouco a pouco.
Filha e neta seguem meus movimentos, aprisionadas em porta-retratos. Ao mirá-las, cada vez, sinto uma emoção passageira, se não de amor pela ligeireza do olhar, pelo menos de saudade do tempo ido.
De tudo, sem mais pensar, fica uma sensação reconfortante de lar.
Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com.br
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
MULHERES CARIOCAS ♀ MARIA DOS GATOS
![]() |
Tela de Antonio Guzman Capel - Nasc.1960 Pintor Espanhol Contemporâneo. Terê Oliva |
quarta-feira, 24 de julho de 2013
O PALADAR
![]() |
Tela de Nina Reznichenko Pintora Ucraniana Contemporânea. |
O paladar do dia entrou-me pelos olhos como se fosse calda doce
Das peras do meu quintal
Na infância perdida onde um verde sonho morava ao lado.
Há muito não havia uma manhã como essa, clara e bem nutrida de sol.
As pessoas na rua passeiam, os cães sorriem e os pássaros cantam bons-dias aos que tem ouvidos para escutá-los.
Tanta harmonia cansa.
Tais imagens carregam em seu estofo o tédio dos anseios sobre quais me debruço.
O futuro não existe ainda, esconde-se sob as rochas do desconhecido e por tal não ouso desejá-lo
Nos afãs da esperança trancada em sua caixa de ouro.
O passado já escapou dos meus dedos e não volta, porque como as águas de um rio
Quando voltam depois da curva, são novas.
O presente enrijece meu passo e desfaz meu querer possível por sabê-lo outro.
Canto salmos e a Deus, talvez inexistente, desfio meu rosário de remendados pedidos :
Que no vulgo viés do meu caminho eu encontre a razão de tudo isso.
![]() |
Tela de August Staff Gillé - 1892/1989 Pintor Belga. Terê Oliva |
domingo, 21 de julho de 2013
O ACENTO DO PORQUE
segunda-feira, 8 de julho de 2013
PALHAS DA MEMÓRIA
![]() |
"Moonlight Night" Tela de Ivan Kramskoy Pintor Russo Contemporâneo Terê Oliva |
quarta-feira, 3 de julho de 2013
A AMANTE
![]() |
Tela de William Powell Frith - 1819/1909 Pintor Inglês. Terê Oliva http://tereoliva.blogspot.com.br |
PÉS DE AR
domingo, 30 de junho de 2013
FÁCIL COMO RIMAR AMOR COM CÉUS AZUIS
domingo, 23 de junho de 2013
O SILÊNCIO DE ANA
Terê Oliva.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
O VENDEDOR
PONTO ZERO
sexta-feira, 24 de maio de 2013
MITOLOGIA ÍNTIMA
Minha mitologia íntima contém muitos deuses.
Nem em todos creio, porém não alijo a nenhum
Por medo da geometria do abismo.
A alma me é cara e meu corpo frágil, afeito às chibatas.
Nas minhas valsas entre absurdos credos perco-me
Escuridão de cego que tateia mas não define o que os dedos alisam.
Em meus próprios calcanhares tropeço e não ouso afiançar uma fé que não convence
Minhas personas que embaralham-se nos céus desabitados
Sobre continente e cores, Áfricas negras de tambores
Gordos amarelos, monocórdios mantras.
A banalidade de tais questões me enjoa e a cada pé que beijo, duvido.
Nessas horas invejo os ateus convictos.
Nas minhas valsas entre absurdos credos perco-me
Escuridão de cego que tateia mas não define o que os dedos alisam.
Em meus próprios calcanhares tropeço e não ouso afiançar uma fé que não convence
Minhas personas que embaralham-se nos céus desabitados
Sobre continente e cores, Áfricas negras de tambores
Gordos amarelos, monocórdios mantras.
A banalidade de tais questões me enjoa e a cada pé que beijo, duvido.
Nessas horas invejo os ateus convictos.
![]() |
Telas de Adolphe William Bouguereau - 1825/1905 Pintor Francês. Terê Oliva http://tereoliva.blogspot.com.br |
Assinar:
Postagens (Atom)