quinta-feira, 14 de abril de 2011

RETALHOS.


   Encontrei a bela poltrona no folhear de minhas revistas velhas. 
As que compro nos sebos das ruas decadentes no centro da cidade onde reis e nobres passearam.
 Agora estão puídas de sobrados estreitos que ameaçam desabar, cuspindo sem olhar a quem atingem  suas sacadas centenárias.
   É lá que sempre cato e empilho o tanto que há para ler depois, sempre depois,  até que um dia hora sobra.
   No sem melhor a fazer, mais senti do que vi, a poltrona perfeita para um canto aconchegante onde sobre luz e inexista barulho. 
   Bonita, me seduziu com seu cose, recorta, corta, mede, emenda, costura, certo, errado, de novo... 
Seus retalhos de paciência tornariam mais doce o pensar em nada
E no tudo, que no mesmo dá.
    Uma mesinha ao lado com um bom romance ao alcance das mãos e um  uísque sem gelo completariam meu confortável desejo.
   Seria demais anexar uma banqueta para os pés inchados?

Teresinha Oliveira.

4 comentários:

Ana Cecília Moura disse...

Adoraria sentar-me numa dessas, especialmente em cia. do whisky sem gelo e os romances arrebatadores! Cenário perfeito e boa companhia! =)

Anônimo disse...

Querida adorei essa poltrona de retalho. Obrigada por seguir meu blog.
Adoro divã, acho que é o lugar aonde vemos a Alma das pessoas.
Essa poltrona me parece aconchegante me senti em casa. Bjs Cynthia.

Alicia disse...

Linda e ins-piradora.

Anônimo disse...

obrigada Teresinha pela gentileza ;D
volte sempre que puder e me segue tambem
bejokas