O ressentimento gasta a si mesmo
Deduzo a olhar o céu de porcelana fina.
A face do predador que em mim antes era nítida
Tornou-se depois da década cumprida
Simples sombra dos músculos contraídos
No ônus das mágoas acumuladas.
Tornou-se depois da década cumprida
Simples sombra dos músculos contraídos
No ônus das mágoas acumuladas.
Lamúrias secaram na frouxidão de um sono bom
O alarido dos soluços num folguedo de paz se cantou.
O alarido dos soluços num folguedo de paz se cantou.
Surpreende-me como presente inesperado
Essa mansidão da tristeza antiga.
As águas de minha alma não mais explodem em vagas altas
Essa mansidão da tristeza antiga.
As águas de minha alma não mais explodem em vagas altas
Plácido lago da rocha brotou, iluminado
Se não pela plenitude do perdão
Ao menos pela aceitação do desamor consumado.
Ao menos pela aceitação do desamor consumado.
Tela de Michael Parkes.
Pintor e Ilustrador Americano.
Teresinha Oliveira.
Um comentário:
Oi Terezinha, o perdão é algo difícil. Bjs Cy
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