Minhas insônias são sempre inspiradas. Quando desisto de dormir, dou adeus a Morfeu, pulo da cama e encontro o tempo com mãos cheias de desejos, aguardando o momento do ócio para me estender líquida pelas horas. Promessas de prazer, é certo, porque o prazer nunca é infalível e, às vezes, o tempo se revela apenas como perda, e roxas olheiras no dia seguinte.
O café limpa o cérebro e desnuda as opções, e é do seu sabor que parto para meus livros a ler. Amigos fiéis que não desistem de mim e que acolhem como irmãos: os rôtos de sebo, os velhos, os novos, até o caçula, que ocupa o primeiro lugar em meus carinhos e o topo da pilha, sem ciúmes dos outros tantos.
Os filmes também me seduzem, em número menor, é verdade, mas com o fascínio de não me gastarem tanto os olhos e dispensarem a caçada aos óculos, que nesses momentos podem se esconder sob qualquer moita de almofadas, ou se tornarem invisíveis no alto da minha cabeça.
Após tanto movimento e indecisão canso de mim mesma, sinto frio e vou dormir.
Tela de Thomas Cole - (1801/1848)
Pintor Inglês.
Teresinha Oliveira.
Tela de Thomas Cole - (1801/1848)
Pintor Inglês.
Teresinha Oliveira.
3 comentários:
As minhas insônias também me inspiram muito...por isso não importo de senti-las...
Abraços
Putz, minhas insônias só me dão olheiras e improdutividade no dia seguinte.
Nossa! Adorei! inspirador...
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