Abandono esse par num rodopio frouxo de dança.
Solto minhas mãos no espaço vago que consome minha nudez
Após a odisseia louca que tentamos em naus de rumo incerto
Rijos, ante a perda do nosso amor primal.
Na reviravolta da memória, no cálculo do passo
Buscamos no passado os desejos engolidos a seco
Para desatar no presente abraço
Os nós dos erros cometidos outrora.
Noivos no chão de rocha que descalços pisamos lar
Bailamos sem remissão
No epicentro das mágoas austeras e recíprocas.
Uma música quebrada me acompanha pela escada do quarto
Com meu odre de lágrimas de lua cheio
Para lavar os lençóis sem sentido.
Tela de Julius LeBlanc Stewart - (1855/1919)
Pintor Americano.
Teresinha Oliveira
http://tereoliva.blogspot.com.br
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