Sonho estranho, agarrado nas franjas do pesadelo
Sem cabeça, sem pé, oráculo vazio.
Escadas em tantas e tantas noites sonhadas
Imagens no sono que acordada durmo.
Lembradas somente no pulo da cama, de susto, de horário, de suor
Na vitória da escada descendente, impossível de descer.
Sem corrimão, ou se há, mais louco que ela
Serpente, caracol, escorregadia nas lamas
Infindas que se encravam nas rochas de montanhas
Que se quebram nos edifícios de terremotos.
Que se quebram nos edifícios de terremotos.
Tal incógnita há anos desafia
O inconsciente que as constrói e reconstrói.
Obra do excêntrico arquiteto que no meu cérebro se aloja e
Testemunha, impassível, os t(r)emores do meu corpo
Que nela se enrosca.
A Senhora dos Degraus torta se perde
No cume do fosso sem fundo, a lugar nenhum conduzindo
A não ser para dentro de mim
Para os noturnos becos do onde não sei.
Tela de Manuel Garcia y Rodriguez
Pintor Espanhol
Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com.br
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Um comentário:
Pintura linda.
A minha senhora dos degraus vive tropeçando.
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