Quero ir.
Com malas e cuias.
Gaivota que voa em firmamento de úmida textura
Delfim que mergulha, entre azul e verde do oceano sem pé.
Gaivota que voa em firmamento de úmida textura
Delfim que mergulha, entre azul e verde do oceano sem pé.
Para onde os pássaros não contaram, nem peixe
Nenhum bicho marinho sequer sussurrou.
Alma em velas
Aos ventos da Rosa desfraldo.
Nenhum bicho marinho sequer sussurrou.
Alma em velas
Aos ventos da Rosa desfraldo.
Navio, fragata, veleiro...
Sigo rastro de cometa no céu.
Sigo rastro de cometa no céu.
Giro mundo, atravesso mar e pedra
Perco-me no atlas das ondas em tropel.
Perco-me no atlas das ondas em tropel.
Circundo atóis onde desterrados habitam
Cruzo com barcos de desconhecidas bandeiras.
Cadáveres de afogados não me assustam
Nem aos hipocampos que ao redor deles dançam.
Cruzo com barcos de desconhecidas bandeiras.
Cadáveres de afogados não me assustam
Nem aos hipocampos que ao redor deles dançam.
Lado a lado navego com o cardume de atuns prateados
Cujo brilho seduz e promete destino.
Fecho escotilhas e no horizonte ao longe
Diviso sereias que convidam:
Vem!
Na reta desapareço, nos círculos d'água evaporo.
Cujo brilho seduz e promete destino.
Fecho escotilhas e no horizonte ao longe
Diviso sereias que convidam:
Vem!
Na reta desapareço, nos círculos d'água evaporo.
Quem não sabe onde ir não reconhece o chegar
Por isso sigo, infinda.
Por isso sigo, infinda.
Tela de John Henry Frederick Bacon - (1839/1912)
Pintor Americano.
Terê Oliva
3 comentários:
Quem não sabe onde ir não reconhece o chegar.
.......
É esse o grande mal....,para onde
queremos ir....????Andamos à deriva..
Beijo
Lindissimo poema. Concordo plenamente, que é necessário estabelecer uma meta final, só assim conseguiremos saber se a alcançamos ou não.
Bom domingo
Beijinhos
Maria
não reconhece o chegar de saudade.
cadê você? :)
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