Gigante de pedra olhando o mar
À beira d'água
Atravessa seu destino
Entre setas de esquecido alvo.
Colosso de Rhodes trincado
No volante do carro, no quarto
À mesa, sem pão que o seduza
Em todo lugar o ser fragmentado.
No tálamo de molas
Células de granito não repousam
A face permanece hirta, marmóreo perfil
O sangue, mercúrio líquido, não amorna.
Não sei como resiste a vida
Ao peso de tanta rocha e metal.
Tela de Caspar David Friedrich - (1774/1840)
Pintor Romântico Alemão
Terê Oliva
http://tereoliva.blogspot.com.br
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2 comentários:
Esse final me lembrou Clarice e Pessoa.
Essa imagem é demais, adoro sobretudo e ar de abismo com poder.
Incrível como a gente se urpreende a cada minuto! :D
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