segunda-feira, 22 de agosto de 2011

LIVRO EMPRESTADO

Emprestei o livro sem pestanejar assim que ele o pediu.
Não é hábito meu deixá-los ir assim para longe dos meus olhos, mas por ser ele quem era e por estar a amá-lo nos princípios do amor,  fiquei feliz. Talvez gostasse e o lesse até o fim.
Esperança não tinha nenhuma, de que o verdadeiro prazer pela literatura nascesse assim de repente, naquele que mal lia os jornais matinais de domingo; e além dos livros obrigatórios do colégio, nenhum outro houvesse lido.
Meu livro assim partiu. Magrinho, porém interessantíssimo naquele seu estilo de ser aberto ao acaso, aqui ou ali, e na página qualquer, contar algo bom.
Emprestado, verbo que poucos compreendem porque pressupõe devolução, se foi.
Obviamente nunca mais voltou.
Perdi o livro, mas valeram alguns beijos de amor.

Tela de Claude Verlinde - (1927)
Pintor Francês Contemporâneo.

Terê Oliva



2 comentários:

Catia Bosso disse...

Grata pela visita e bjs meus

Gentil como sempre...

Andradarte disse...

Entendi......Ou não????
Beijo